LIDE Pernambuco discute o impacto da nova tecnologia nas empresas e nos negócios

Com o tema ‘O impacto real do 5G nas empresas e nos negócios’, a primeira edição do ‘Lide Talks 5G’, realizada no último dia 17 de maio, contou com a participação de Eduardo Tude (presidente da Teleco), Marcelo Motta (Diretor de Cibersegurança e Soluções da Huawei) e Paulo Tavares (Diretor e líder de 5G para América Latina da Accenture). Recepcionados por Daniel Gomes (embaixador da pauta 5G do Lide-PE e vice-presidente da Um Telecom), os painelistas abordaram, dentre outros tópicos, os desafios para a implementação da infraestrutura, a necessidade de qualificar mão de obra para o setor e as inúmeras novas oportunidades de negócios.

Apesar do cenário ainda incerto com relação à data de realização do leilão do 5G no Brasil, a previsão é que a implantação do 5G no país deve se concretizar nas capitais até o final do ano de 2022, segundo Eduardo Tude. Já para o restante das cidades, haverá um cronograma de obrigações que varia de até 2026 para cidades com mais de 200 mil habitantes até 2029 para cidades com mais de 30 mil habitantes. 

Essa demora aumenta o abismo que existe entre a infraestrutura do Brasil e a dos países que já têm 5G. “Para se ter uma ideia, o Brasil tem cerca de 100 mil antenas de 2G, 3G e 4G, enquanto a China tem quase 800 mil antenas só de 5G’, comparou Marcelo Motta em sua fala inicial. Para o diretor de cibersegurança e soluções da Huawei, encontrar mão de obra qualificada é outro desafio que vai crescer com a chegada da internet de quinta geração. 

Apesar de tantos obstáculos, o potencial financeiro e o impacto massivo do 5G  para as diferentes indústrias é inquestionável. “Considerando que essa nova tecnologia tem como características: baixa latência, alta capacidade de banda e alta capacidade de conectividade de dispositivos, poderá ser explorada por diferentes negócios como: agricultura, energia, trabalhador conectado, smart cities, indústria, transporte e saúde”, explicou Paulo Tavares. “A saúde será o primeiro segmento com o conjunto de aplicações que vai ganhar amplo destaque, por meio de monitoramento remoto de pacientes, consulta virtual e hospital conectado”, garantiu.

Ainda de acordo com o Diretor da Accenture, “em poucos anos, com o 5G, os smartphones serão apenas 10% do total de dispositivos conectados e os outros 90% serão outros dispositivos. Nessa perspectiva, nos EUA, até 2025 haverá um incremento de 1,5 trilhões de dólares no PIB e 16 milhões de empregos serão gerados na área de tecnologia”.

O debate, que contou com perguntas  de Bruno Almeida (Presidente do Lide Tech Pernambuco), José Cláudio Oliveira (Presidente do Lide Digital Pernambuco), Heraldo Ourem (Diretor de Inovação e Conectividade do Porto Digital) e do público que assistia ao vivo à transmissão, abriu a série de transmissões que visa clarear o impacto e as aplicações do 5G no cotidiano das empresas, auxiliando a tomada de decisão por parte de executivos na direção da adoção da tecnologia.

“O 5G não deve ser visto apenas como a evolução do 4G, pois ele é muito mais do que isso. Principalmente através da internet das coisas, essa tecnologia vai habilitar muitas novas aplicações que demandam alta capacidade de comunicação com mobilidade e estabilidade. Na prática será uma nova forma de lidarmos e nos beneficiarmos do uso da tecnologia em vários segmentos como indústria, saúde, educação, logística e segurança, por exemplo. Entender melhor sobre os impactos do 5G é importante para que os empresários e executivos compreendam as oportunidades em seus segmentos”, afirmou Daniel Gomes.

A seguir você poderá rever o vídeo completo do painel.