Autorizações para aplicativos no celular podem expor dados

Um Telecom adverte os usuários de telefonia móvel quanto ao perigo das autorizações em aplicativos e explica por que elas abrem brechas na segurança

Os aplicativos de celular tornaram-se cada vez mais comuns entre os usuários do serviço móvel, sejam eles gratuitos ou pagos. É comum as pessoas quererem experimentar um novo serviço, rede social, jogos ou outra aplicação de entretenimento, edição de imagens, de relacionamento, por exemplo.

Após realizado o download na loja de aplicativos do Android ou iOS, logo aparecem os pedidos de autorização feitos pelos sistemas operacionais. Nesse momento, explica o diretor de produtos da Um Telecom, Diego Rojas, “a permissão de acesso deixa o dispositivo exposto a terceiros, ou permite que sejam baixados malwares destinados a roubar dados, inclusive senhas bancárias, fotos e outras informações”.

O sistema pedir autorização é parte das suas funcionalidades e o usuário do aparelho celular tem suas responsabilidades, ensina o executivo responsável também pelos produtos de segurança da Um Telecom. Vale lembrar que todos os aplicativos pedem permissões que podem ser apenas a leitura da lista de contatos, como a possibilidade de fazer chamadas, download de arquivos sem notificação, verificar conexões de rede, impedir modo de inatividade do telefone e receber dados da internet. Essas solicitações são feitas em bloco. Os aplicativos só funcionam depois do usuário dar autorização às solicitações feitas.

Os pedidos de autorização que os aplicativos exigem são parecidos com aqueles feitos pelas redes sociais, aplicativos de viagens com motorista, de streaming, entre outros. Em todas as solicitações, lembra Rojas, a empresa responsável pelo aplicativo tem sua autorização dada pelo usuário para acessar várias informações do seu aparelho. “O que vale para aplicativos desconhecidos, vale também para aplicativos de grandes instituições”, esclarece.

Portanto, ao baixar um determinado aplicativo, não é correto dar permissão para que ele acesse totalmente seus dados. Desconfie de aplicativos que o obriguem a conceder total acesso às suas informações para funcionar e, acima de tudo, certifique-se de baixar somente aplicativos de origem conhecida e de instituições idôneas.

Os golpes de celular contam com a distração ou boa-fé do usuário. Ao conceder uma autorização a um aplicativo, ao clicar em um link aparentemente inofensivo ou repassar um código sem ter a ideia do que aquilo significa, o usuário termina por se tornar vítima de uma ação criminosa. Os golpistas podem obter dados, senhas, clonagem do aparelho e outras armações. Há também o perigo do roubo ou furto do aparelho.
Diego Rojas explica que nos casos de furto ou roubo o bloqueio do aparelho é feito pelo IMEI, uma sequência de números que identifica o aparelho. Cada celular tem um número de IMEI distinto, como um CPF, e das informações do chip do usuário (SIM Card). “É importante esclarecer que este bloqueio se restringe à rede móvel. Se o meliante que roubou o aparelho chegar a um local com rede Wi-Fi, ele vai conseguir acessar os dados da pessoa”, explica o diretor da Um Telecom.